terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pais e filhos


Há muito tempo a sociedade se perdeu, entramos em conflito sobre o que é papel da escola e o que é papel da família. Com o passar dos anos, até mesmo desenvolver hábitos de higiene se tornou uma obrigação do professor. Ser pai e mãe ficou mais fácil, ao completar quatro meses de vida muitas crianças passam a deixar a casa de seus pais para frequentar a creche ou a "escolinha", permanecendo na mesma até 12 horas por dia. Só param de frequentar o ensino integral ao completar 11 anos de idade e, então começam a ficar sozinhos em casa ou na rua pois a família precisa trabalhar.
Não estou dizendo que sou contra o fato de a mulher trabalhar fora, eu mesma trabalho 48 horas por semana e faço cursos durante a mesma, chegando a ficar muito tempo "na rua". Mas, não é por isso que deixo de olhar os cadernos e a agenda de minha filha diariamente. Sempre pergunto como foi seu dia, o que fez na escola, ou em casa no período em que eu não estava, mesmo que para isso fiquemos acordadas até as 23 horas.
A função do professor é ensinar os conteúdos pedagógicos, educação se aprende em casa e com a família. Os valores morais e éticos de cada família são diferentes, como podemos delegar ao professor a tarefa de, além dos conteúdos pedagógicos, ensinar valores aos nossos filhos? Que valores ele poderá ensinar? Cada pessoa, cada grupo familiar possui uma maneira ímpar de encarar a realidade e de agir perante as situações. Sei que este texto está parecendo um desabafo e, sinto muito, é um desabafo mesmo. O desabafo de uma educadora indignada.
Um dia desses minha filha (ela tem 9 anos de idade) me disse o seguinte:
"Mãe, acho errado eles dizerem que você é educadora. Educador é quem educa, se dizem que você é educadora, os pais vão achar que você que tem que educar as crianças e não eles."
Depois de ouvir isso, cheguei à conclusão de que minha filha será uma boa mãe, pois mesmo tão pequena já sabe a diferença entre o papel da escola e da família. Vou sugerir às escolas que contratem ela para dar palestras aos pais, que sabem daí eles entendam qual é a sua função...


sábado, 26 de novembro de 2011

Falta menos de um mês para o Natal

http://specialparana.com/blog/


Esta época nos remete à infância, tempo em que acreditávamos em fadas, duendes, bruxas e principalmente no Papai Noel. Relembrando as tradições religiosas e da cultura de nossos imigrantes, a cidade de Curitiba preparou um mês de muita diversão com teatro, música e muita luz. As feiras de Natal também são um espetáculo à parte!


No link abaixo você pode conferir a programação:


http://www.curitibacapitaldonatal.com.br/apresentacoes.htm

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Plano de aula - Pedagogia Histórico-crítica

Sei que já estamos na reta final de 2011. Mas, é justamente nessa hora que devemos refletir sobre o nosso desempenho como professores e aproveitar para rever nossa prática docente. Apesar de termos de produzir planos de aula com muita frequência, este é um tema que gera inúmeras discussões e dúvidas entre os professores de todos os níveis de ensino. Por isso, hoje quero destacar o modelo de plano de aula baseado na pedagogia histórico-crítica, o plano que será apresentado é descrito no livro "Uma didática para a Pedagogia Histórico Crítica" escrito  por João Luiz Gasparin. Apesar de ser bastante complexo, este modelo de planejamento é bastante completo e, nos permite a reflexão diária acerca de nossas escolhas enquanto professores.
http://www.skoob.com.br/livro/73760
A Pedagogia Histórico-Crítica tem como pressuposto que o conhecimento é uma construção histórica e coletiva e, por isso, deve ser socializado, cabendo à escola esta socialização. Por isso, a importância do domínio do conteúdo, sendo este, por sua vez, um instrumento tranformador da realidade. O conteúdo, por sua vez, deve estar relacionado com a prática social do aluno para que seja apreendido com visão de totalidade e criticidade.
Desta forma, o professor deve partir da realidade do aluno, de como ele a percebe e como se relaciona com ela. O resultado final deste processo também deve estar relacionado com a realidade do aluno, pois este deve se ver como indivíduo modificador e, principalmente, desenvolver uma visão mais elaborada, sistematizada e crítica de sua realidade para tranformar qualitativamente sua intervenção na mesma. Assim, a mediação do professor tem papel fundamental no desenvolvimento de uma aula que seja capaz de levar o aluno a estabelecer relações, analisar, refletir e contruir sua autonomia intelectual.
No momento de planejar a aula o professor deve ter clareza de seus objetivos, domínio do conteúdo e consciência das relações entre seu conteúdo com a prática social a fim de que o aluno possa compreender a função social do conteúdo trabalhado.

Planejamento

Instituição:
Disciplina:
Série:
Horas-aula necessárias para o desenvolvimento:
Professor:

  1. Prática Social Inicial: (como você irá abordar o conteúdo)
1.1 Conteúdo: (listar os conteúdos em tópicos)
1.2 Vivência do conteúdo: (diálogo e discussão coletiva, anotar o conhecimento dos alunos, esclarecer o levantamento da realidade sobre o tema: - O que os alunos já sabem sobre o conteúdo; - O que os alunos gostariam de saber mais)

     2. Problematização: (Transformar o conteúdo em questões desafiadoras que levem os alunos a quererem saber mais sobre o conteúdo; mostrar a relação entre o conteúdo e a prática social)
     3. Discussão sobre o conteúdo: (Identificação e discussão sobre os principais problemas postos pela prática social e pelo conteúdo; - Trnaformação do conteúdo e dos desafios da prática social inicial em questões problematizadoras/desafiadoras)
3.1 Dimensões do conteúdo a serem respeitadas:
  • Conceitual: conceitos, cientificidade.
  • Histórica: construção histórica deste conteúdo.
  • Econômica: relações possíveis - consumismo, economia doméstica, etc.
  • Social: relações necessárias com a prática social do aluno.
  • Legal: implicações com a lei. Existe legislação sobre este tema?
  • Estética/afetiva: relações possíveis.
  • Religiosa: relações possíveis.
  • Cultural: relações possíveis.
       4. Instrumentalização
4.1 Ações docentes e discentes - Metodologia
4.2 Recurso
        5. Catarse
5.1 Síntese mental do aluno - momento em que o aluno manifesta para si o que aprendeu, o que incorporou além do que já sabia sobre o assunto.
Ex.: Em relação ao conteúdo, quais os novos conhecimentos que se espera que o aluno incorpore? Síntese dos conteúdos necessários - através de levantamento de tópicos, síntese individual, produção de texto coletivo, entre outros.
5.2 Expressão da síntese (Avaliação) : Criar condições para o aluno expressar os novos conhecimentos: provas, debates, apresentações, etc.
        6. Prática Social Final:
Ações concretas da função social do conteúdo.
Ex.:
Intenções do aluno:
Aprender mais sobre a água / Economizar água

Ações do aluno:
Ler mais sobre o tema / Assistir a um filme / Tomar banhos mais rápidos / conversar com a família / fechar as torneiras / etc.
 
 
 
 
Apesar da complexidade deste modelo, podemos criar adaptações a realidade de nossas escolas e colocar em prática alguns pontos deste plano de aula.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

30 dicas para ajudar seu filho a lidar com o Bullyng

Olá, esta reportagem do site "Educar para crescer" é muito interessante e, apesar de ser direcionada para pais, todo educador deveria ler.



"Fala-se muito hoje em Bullying. A palavra, originária da língua inglesa, é empregada boa parte das vezes de modo errado, espécie de caldeirão onde se joga tudo de ruim que pode acontecer em sala de aula. Há crianças que sofrem, no dia a dia escolar, situações que lhes causam mal, mas que não podem ser chamadas de Bullying. Há quem veja apenas como ‘brincadeira’ o que é percebido, no outro, como agressão e razão de infortúnio. Há crianças, vítimas de Bullying, que também são entendidas como as responsáveis por esse tipo de situação - nem sempre o agressor é quem dá início a esse tipo de violência, algo que os pais não conseguem admitir, particularmente, os da criança ‘agredida’. Nove fora, a falta de informação sobre o tema é enorme, tornando o Bullying uma violência que atinge a todos, os pais incluídos.
- Teste para pais: como você vê seu filho em relação ao Bullying?
"O Bullying acontece, quando existe um movimento real contra uma determinada criança", esclarece a psicóloga e psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo. "É uma campanha, uma perseguição contra um alvo muito bem definido." Com mais de 38 anos de experiência no trato com alunos das mais variadas personalidades e histórias familiares, Nivea já viu de tudo um pouco. Tem, portanto, expertise de sobra para colocar os pingos nos iis em relação a um tema tão atual e afeito a provocar dúvidas. Em sua opinião, são nas escolas maiores, onde as relações ocorrem de modo impessoal e a capacidade de controle é menor em face do número de alunos, que as possibilidades de acontecer Bullying crescem e causam apreensão. "Nessas escolas, existem hoje três grupos de alunos, os nerds, os populares e os bobos - já ouvi muita criança dizer que não pode ser nerd ou "CDF", caso contrário, não será querida da classe", Nivea descreve. "Os bobos? Não se misturam com o resto dos alunos".

Começa, então, a funcionar uma divisão social dentro de uma grande escola típica do universo paulistano, por exemplo. O Bullying? Ele acontece, quando um desses grupos implica com um determinado aluno, a ‘crítica’ se propaga ferozmente pelas redes sociais e o caos se instala. Em especial, em casa. Porque os pais pouco ou nada conseguem fazer para ajudar os filhos, sejam eles os agredidos ou agressores, a sobreviverem ao contato com o Bullying - na opinião de Eric Debarbieux, diretor do Observatório Internacional das Violências nas Escolas, "uma das violências mais graves que o ser humano pode sofrer."

Apesar da gravidade do problema, Birgit Möbus, psicopedagoga da Escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, faz questão de alertar que o Bullying é muito sensível à intervenção das autoridades - no caso da escola, dos professores, supervisores e mesmo diretores. "Mas é preciso que a comunidade escolar se envolva como um todo para combater essa violência de modo a reduzir efetivamente o número e a gravidade dos casos", adianta.

Ou ainda: a situação é grave, mas há solução à vista. Faz parte dela a adoção de atitudes no ambiente escolar, caso do respeito e da generosidade, entre outras. "São palavras aparentemente vagas, mas bastante sérias... a criança hoje fica brava por muito pouco!", aponta Nivea. E isso não pode continuar assim, certo? "É desde pequeno que se aprende ser possível vencer, ao lado do outro, os obstáculos que a vida impõe", lembra Gisela Sartori Franco, psicóloga e especialista em Convivência Cooperativa. "A gentileza, o consenso e o diálogo, infelizmente, não são hoje ‘treinados’ em sala de aula, daí a necessidade dos pais estarem atentos à rotina escolar e exigirem, nas reuniões com professores, mudanças no currículo escolar."

Eis uma sugestão de como os pais devem se comportar para ajudar seus filhos a sobreviverem - com saúde! - ao contato com o Bullying. Com a ajuda das especialistas Nivea Maria de Carvalho Fabrício, Birgit Möbus e Gisela Sartori Franco, destacamos outras de igual importância a seguir.

1.O envolvimento dos pais no dia a dia escolar é importante - eles precisam mais do que nunca entender a necessidade da educação e, em conseqüência, jamais se afastar da rotina dos filhos em sala de aula

2. Pais precisam ser ajudados a serem pais. Porque a sociedade anda permissiva demais e eles se sentem perdidos ante essa realidade

3. Não tire seu filho de imediato da escola onde sofreu Bullying: primeiro, é importante trabalhar com os professores e a direção dessa escola de modo a resolver o problema. Porque será muito importante para ele vencer o Bullying no ambiente onde foi vítima

4. Se não der certo - e é preciso atenção para a evolução do problema, não deixar passar o tempo em demasia... -, recomenda-se a transferência, se possível, para uma escola preparada para dar suporte a essa criança

5. Vale a pena insistir aqui no ponto ‘nevrálgico’: nem sempre o agressor é quem deu início ao Bullying, mas sim quem se faz de vítima. Ou ainda: tudo pode se resumir a uma forma (desesperada) de chamar a atenção de quem se sente excluído, marginalizado, pelos colegas de classe

6. Porque a violência existe e assusta, mas o Bullying não acontece por acaso. Aliás, por ser um assunto de sala de aula, ele precisa ser tratado com ela por inteiro. Em outras palavras: os pais não devem se preocupar em proteger apenas o próprio filho, seja ele o agredido ou o agressor ou apenas testemunha desse tipo de violência

7. Na reunião de pais e professores, esse assunto deve ser tratado de modo a que todos participem - e não isoladamente, atingindo apenas os envolvidos com o caso de Bullying
8. Pais devem exigir imediatamente da escola uma estratégia de trabalho que envolva o agressor, o agredido e o grupo por inteiro
9. Em casa, pai e mãe precisam conversar diariamente com o filho sobre as aulas, mesmo que ele tenha uma reação negativa, do tipo "ah! que conversa chata!" etc. Claro, existe a medida adequada e ela varia de criança para criança. Mas o importante, neste caso, é criar o hábito da conversa entre pais e filhos

10. Essa conversa pode se tornar um ritual a ser integrado na refeição do domingo, por exemplo. Um momento de aproveitar a reunião familiar para que cada um fale de si mesmo.

11. Porque não dá para usar o pretexto de trabalhar muito e permanecer fora de casa o tempo inteiro - e assim não ajudar o filho em um momento tão difícil da vida dele!

12. Às vezes, basta dizer para o seu filho, "você gostaria que alguém falasse dessa forma com você? Pois, eu não gosto, fico triste..." É importante se colocar no lugar do outro, sentir na pele que a ‘brincadeira’ feita não tem a menor graça... Brincadeira só vale quando todos se divertem - e nunca quando acontece à custa de outro. Isso é fundamental e os pais devem trabalhar essa questão, conversando com seus filhos desde a infância

13. Sem essa troca de informações entre pais e filhos, uma situação de Bullying pode já estar ameaçando o cotidiano escolar - e nenhum adulto se deu conta dos sintomas dessa violência no comportamento da criança e/ou do jovem. Que se mostra mais irritadiço e angustiado, inventando desculpas para não ir à escola etc.

14. É na conversa com o filho que os pais vão perceber o porquê da agressividade e da insatisfação, orientando a buscar outras formas de se expressar. Se os pais não souberem fazê-lo, não há razão de constrangimento - ao contrário, devem pedir ajuda a quem foi treinado para isso, na escola

15. Se os pais perceberem que o filho está de fato sofrendo algum tipo de ‘pressão psicológica’ no ambiente escolar, precisam informar professores e direção da escola para que a questão seja tratada de modo cuidadoso o quanto antes!

16. Muitas vezes a escola não sabe que está ocorrendo uma situação de Bullying até porque ela acontece fora da sala de aula e, portanto, longe do olhar do professor. Mesmo sem provas, é importante intervir. Atenção: a escola é a autoridade na relação entre alunos - e não os pais!

17. O Bullying é muito sensível à intervenção das ‘autoridades’, ou seja, dos professores, supervisores e até mesmo diretores. Em especial, quando desperta o envolvimento da comunidade escolar como um todo no combate a essa violência

18. O Bullying é resultado de uma relação interpessoal em desequilíbrio. Há, portanto, de se cuidar dos dois lados envolvidos - existe um problema de autoestima a ser trabalhado, tanto em relação ao agressor quanto ao agredido

19. Cada escola tem a sua maneira de agir, mas o que se espera é que ela seja parceira dos pais do aluno que é vítima de Bullying - e também daquele que é entendido como agressor. O ideal: aproximar as duas famílias de modo a envolvê-las na solução do problema. Porque todas elas são perdedoras em uma situação de Bullying

20. Pais e professores precisam se unir para ensinar às crianças e aos jovens a serem assertivos - ou seja, saberem se expressar de modo positivo quando algo os incomoda, fazendo o outro entender que há limites que não podem ser ultrapassados

21. O respeito às diferenças precisa ser exercitado diariamente no ambiente escolar. Os pais devem exigir que os professores de seus filhos trabalhem nessa direção em sala de aula de modo a que uma situação de Bullying não volte a acontecer entre os alunos. Que não precisam ser amigos, mas sim precisam se respeitar um ao outro

22. É recomendado que se faça uma dinâmica de grupo com os alunos da classe onde ocorreu um caso de Bullying, conversar individualmente sobre o problema, verificar em que estágio a campanha de Bullying se encontra disseminada na rede social e, se necessário, coibir o uso da rede por um tempo determinado

23. Com ou sem Bullying, os pais precisam ter controle sobre o uso da internet por seus filhos, eles não podem ter liberdade total no exercício dessa atividade - os pais devem ter acesso às redes sociais do filho como espectadores, jamais devem participar!

24. Pais não são amigos dos filhos, mas sim pais. E, nesse papel, precisam orientar. Não podem confundir o papel, até porque a criança precisa ter no pai e na mãe uma figura de autoridade, pessoas que inspiram confiança e representam um porto firme para ela

25. Pais não devem vitimizar seus filhos, muito menos tratá-los como se fossem reis ou rainhas. Quem pensa só em defender, se esquece que ninguém é santo, muito menos o próprio filho

26. Tentar despertar coragem no filho com a frase "não leve desaforo para casa!", impondo respeito na base da agressão, é o pior que se pode fazer a uma criança indefesa. Não é com esse ‘troco’ que se constrói um ambiente de solidariedade entre os colegas

27. Quando os pais percebem que seus filhos são autores de Bullying ou mesmo testemunhas desse problema no ambiente escolar, devem conversar abertamente com eles a respeito e, ao mesmo tempo, pedir ajudar à escola. Porque quem é autor ou testemunha desse tipo de violência também está sofrendo e precisa ser cuidado!

28. Os pais se consideram responsáveis pelas vidas dos seus filhos, quando são, na verdade, responsáveis até a página 50 - daí pra frente ou mesmo antes disso, os filhos vão fazer o que lhes dão na veneta... O sucesso não depende mais dos pais, mas sim deles próprios

29. Cabe aos pais darem o maior número de instrumentos necessários para os filhos terem sucesso. Entretanto, como eles vão usá-los, bem, isso já não é mais responsabilidade paterna. E o problema está aí: os pais se sentem culpados de verem os filhos fazerem tudo errado e, com a pressão da culpa, não conseguem mais ajudar

30. Atenção: o Bullying pode acontecer não apenas no ambiente escolar, mas também no bairro. É quando o seu filho pode não ser aceito pela turma por se recusar a beber ou fumar. Seja qual for a situação lembrem-se: uma das estratégias fundamentais na luta contra essa forma de violência é a aliança entre pais e escola. Sempre"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O que é uma fábula?

La Fontaine
 http://blog.chorodas3.com.br
Em geral, as fábulas são narrativas simples e de fácil compreensão e, que possuem o intuíto de transmitir uma "lição moral".  Essa moral é inquestionável e, visa sempre convencer o leitor de que se deve copiar o certo e punir ou evitar o errado (neste caso o certo e errado são definidos pela moral social imposta na época em que o texto foi escrito.).
Esopo
 http://www.portalsaofrancisco.com.br
Nas fábulas os personagens são animais humanizados, ou seja, que vivem situações humanas , falam, vão à casa de amigos, trabalham, etc. Em geral, os professores buscam utilisar a fábula para criar uma fusão entre o lúdico e o pedagógico, pois estas histórias apresentam, de forma simples e divertida, os defeitos e qualidades dos seres humanos, desta forma estão camuflando sua proposta didática através do entretenimento da roda de leitura.
http://estranhomundodebelmont.blogspot.com
A origem das fábulas é bastante remota, sendo que seus primeiros sinais datam de XVIII a.C. no Oriente. Esopo no século V a.C. revive este gênero textual em obras conheicdas e lidas por crianças do mundo inteiro até os dias de hoje como, ppor exemplo: "O rato cidadão e o montesinho", "A cegonha e a raposa", etc. No site http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/infantil/esopo.html você encontra inúmeras fábulas de Esopo.
http://mensagensefabulas.blogspot.com/
Outro autor, de grande importância para a sobrivivência do gênero fábula foi o francês La Fontaine (1621-1692), seus escritos ficaram tão famosos ou até mais conhecidos que os de Esopo e, estão presentes nas escolas de todo o mundo como leitura quase obrigatória, entre eles podemos citar: "O rato e o leão" e "A lebre e a tartaruga", outras fábulas podem ser lidas no site: http://www.lafontaine.net/lesFables/afficheFable.php?id=115&ill.

Exemplos de ensinamento morais nas fábulas de La Fontaine:

- A raposa e o corvo
Moral da História: Desconfia dos aduladores (os conhecidos como puxa-sacos); eles abusam da sua credulidade, e se preparam para tirar algo seu valioso, pelos seus elogios.
-O lobo e o cordeiro
Moral da História: o invejoso pavão não quis a troca. Porque é fácil invejarmos sempre o que os outros possuem, mas sem querer largar o que é nosso...
- A cigarra e a formiga
Moral da História: Deve-se prever sempre o dia de amanhã.
O resumo destas histórias pode ser encontrado em: http://volperine.multiply.com/journal/item/185.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Como escolher a história certa?

Não é uma tarefa fácil escolher uma história para ler para as crianças. Ela deve ser pensada de acordo com a faixa etária dos ouvintes. Também é importante que o adulto leia a história antes de leva-la para a turma. Assim, poderá observar o tipo de vocabulário utilizado no texto, caso tenha palavras desconhecidas para a criança, etc.
Assim, com base no texto de Betty Coelho, "Contar histórias: uma arte sem idade", contruí um pequeno quadro para facilitar a escolha das história para a roda de leitura e de contação.


http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/livro.htm





Pré escolares

Até 3 anos de idade – fase “Pré mágica”
Histórias que contenham bichos e objetos humanizados. Ex.:  “A toalha Vermelha”, “Adivinhe o que comem”, etc.


De 3 a 6 anos de idade – fase “Mágica”
Histórias acumulativas e de repetição. Ex.: “A galinha xadrez”, “O sanduíche da Maricota”, “Quero casa com janela”.
Contos de fadas simples. Ex: “Ora fada, ora bruxa”.














Escolares




7 anos de idade
Histórias de encantamento, crianças e animais. Ex.: “A preciosa pergunta da pata”.
Aventuras que envolvam seu cotidiano: família, vizinhos e colegas de escola. Ex.: “Apertada e Barulhenta”.
Contos de fadas. Ex.: “Rapunzel”, “A Bela Adormecida”.


8 anos de idade
Contos de fada mais complexas. Ex.: “A princesa e a Ervilha”, “A princesa e o Sapo”.
Histórias de comédia. Ex.: “Eu sou o rei”.


9 anos de idade
Contos de fadas. Ex.: “A família pântano”, “Magologia”.
Histórias “reais” e de coisas ligadas a seu cotidiano. Ex.: “O homem que roubava horas”, “Orelhas de mariposa”.



10 anos de idade
Narrativas de explorações, aventuras, viagens, etc. Ex.: “A Ilha do Mistério”, “A maldição de Horrendo”.
Mitos, lendas e fábulas. Ex.: “A fábula da Convivência”, “Minotauro”.

Passo a passo - como ler peródicos para as crianças

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/jornal-sala-aula-423555.shtml
1* Mostre para as crianças de onde o texto foi retirado (jornal, revista, folheto, etc.). Leia o nome da origem. Ex.: Gazeta do Povo.

2* Leia a data de publicação, fazendo referências (de preferência mostre no calendário) a dia, mês e ano.

3* Leia o título do texto seguido do nome do autor.

4* Realize a leitura do texto.

5* Permita que as crianças manuseiem o material.

Passo a passo - como ler instruções para as crianças

http://www.diariopopular.com.br/site/content/viva-bem/detalhe-2.php?noticia=696

É muito importante que as crianças conheçam este gênero textual, bem como sua função social

1* Devem ser lidas acompanhadas da prática, para uma melhor compreensão.

2* Devem ser repetidas e, podemos pedir para que as crianças repitam ou registrem no papel, na forma de escrita ou de desenho, aquilo que foi lido.

3* No caso de jogos, as isntruções ou regras, podem ser discutidas pelo grupo e alteradas de acordo com a proposta e o objetivo do professor.


Passo a passo - como ler textos da cultura popular para as crianças

http://pethistoria-uftm.blogspot.com/2011/03/cultura-popular-no-brasil-nupe.html





Antes da primeira leitura, converse com as crianças sobre cultura popular.

1* Leia o texto com entonação apropriada, conferindo ritmo à leitura.


2* Estes textos, geralmente são curtos, podem e devem ser repetidos para que as crianças os memorizem.


3* Peça às crianças que o acompanhem na leitura com a fala ou mesmo com palmas.

Passo a passo - Como ler uma enciclopédia para as crianças

http://academia-de-letras-aw.blogspot.com/2010_11_01_archive.html
Se é a primeira vez que você vai ler um texto de enciclopédia para as crianças, explique o que é uma enciclopédia e qual a sua função, isso ajudará a prender a atenção das crianças durante a leitura.

1* Leia o título da enciclopédia apontando para o mesmo.

2* Leia o nome da editora, mostrando o símbolo às crianças.

3* Leia pausadamente o texto escolhido. Ao final da leitura explique as palavras "novas" contidas no texto, em geral as enciclopédias trazem uma linguagem mais formal.

4* Releia o texto.

5* Discuta o texto com as crianças, isso irá auxiliar na compreensão.

Passo a passo - Como ler um livro de história para as crianças

http://feiradolivropbi.blogspot.com/



1* Crie, com as crianças, uma identificação para o momento da leitura. Pode ser uma música, um apito, um perfume (que você espirre na sala), enfim, alguma coisa que faça com que as crianças saibam que aquele é o momento da leitura.

2* Mostre a capa do livro e, para as turmas em processo de letramento, leia o título apontando para o mesmo.

3* Diga o nome do autor e do ilustrador (isso irá auxiliar as crianças quando forem à biblioteca). Alguns livros trazem as fotos dos autores, mostre-as para as crianças e leia a breve biografia que vem junto à foto. Isso faz com que as crianças compreendam que são pessoas "comuns" que escrevem os livros e as incentiva na leitura e na escrita.

4* Leia o nome da editora e mostre o símbolo da mesma para as crianças. Com o tempo, mesmo as crianças que não sabem ler saberão identificar a editora.

5* Leia novamente o título da história.

6* Comece a leitura do texto com uma entonação de voz que crie uma atmosfera de curiosidade. Só mostre as ilustrações ao final da história, para que as crianças usem a imaginação durante a leitura.

Obs.: não mude as palavras da história, nem pare no meio da leitura para explicar, isso quebra o clima e a leitura perde o foco. Quando você terminar a leitura, poderá fazer as explicações necessárias.

domingo, 20 de novembro de 2011

Modelo de planejamento semanal - pré


PLANEJAMENTO SEMANAL

SEMANA DE 14/03 a 18/03



ORGANIZAÇÃO DO DIA
*            Chamada, rotina





Perm.

*            Roda de Conversa
(atividade permanente)
Registro Quinzenal

Disparador: Boneca Stephanie. Conversa sobre o corpo humano.
Disparador: pétalas de flores.
Período da manhã
Perm.
Disparador: Instrumento musical.
*            Leitura: Fruição
Leitura pelo Educador
(atividade permanente)

Eu sou Isso?
A margarida friorenta – Fernanda Lopes de Almeida
Biblioteca (15 às 16h)
Leitura: “O elefantinho” e “O Leão” (seq. Didática)
Perm.
Bichodário – Telma Guimarães
*            Atividades relacionadas às áreas de formação humana
- Identidade
- Linguagens Artísticas – Artes Visuais, Teatro, Dança, Música
- Linguagem Oral, Escrita e Leitura
- Relações Sociais e Naturais
- Pensamento Lógico-Matemático
(seqüências didáticas)
OBS: O detalhamento destas atividades será feito no planejamento diário.
Identidade:
Interferência gráfica (no caderno). Silhueta humana, a criança deverá desenhar as partes do corpo (olhos, boca, mãos, etc.) no lugar correto.
Pensamento lógico-matemático:
Jogo “Margarida Friorenta” deverão colocar ou tirar o número de pétalas sorteado no dado.
Linguagem oral, leitura e escrita:
Dança das cadeiras com o nome.
Perm.
Linguagem musical:
Apreciar músicas de diferentes ritmos, apresentando repertório variado (clássica, MPB, folclórica, etc.)

*            Movimento
(atividade permanente)

15h as 16 (pátio)
Música do Ratinho (castelo rá-tim-bum)
15h às 16h (pátio) Brincadeira livre

14h às 15h (pátio)
Brincadeira livre (areia)
Circuito
Perm.
Período da manhã
*            Cantos de atividades diversificadas
(atividade permanente)
Saída:
Massinha
Leitura
Dominó (com o auxilio do adulto)
Saída:
Desenho livre
Carrinhos
Lego
Saída:
Salão de beleza
Blocos de madeira
Dominó
Perm.
Saída:
Pelúcias
Leitura
Memória




PLANEJAMENTO SEMANAL

SEMANA DE 28/02 A 04/03



ORGANIZAÇÃO DO DIA
*            Chamada, rotina





Perm.

*            Roda de Conversa
(atividade permanente)
Registro Quinzenal

Disparador: caixa com números.
Conversa sobre a função social.


Perm.

*            Leitura: Fruição
Leitura pelo Educador
(atividade permanente)

Poesia.
Artes e Ofícios – Roseana Murray
Coisas que a gente gosta – Laura Teixeira e Fábio Zimbres
Biblioteca (15 às 16h)
A cobra que não sabia cobrar – Miguel Sanches Neto
Perm.
Contação – Que bicho a cobra comeu?
*            Atividades relacionadas às áreas de formação humana
- Identidade
- Linguagens Artísticas – Artes Visuais, Teatro, Dança, Música
- Linguagem Oral, Escrita e Leitura
- Relações Sociais e Naturais
- Pensamento Lógico-Matemático
(seqüências didáticas)
OBS: O detalhamento destas atividades será feito no planejamento diário.
Colar a chamada em papel craft fazendo a contagem do número de letras do nome de cada criança. O número será colocado na parte de trás da filipeta.
Confecção de um cartaz com os combinados da turma, utilizando imagens de revistas e escrita.
Jogo das tampinhas: terão que pegar a quantidade solicitada pela professora, de acordo com a cor pedida. Usaremos pauta de observação. Serão divididos em pequenos grupos.
Perm.
Utilizando o alfabeto móvel, com o auxílio do crachá, cada criança deverá tentar montar seu nome na filipeta.

*            Movimento
(atividade permanente)

Macaco Simão (partes do corpo)
Brincadeiras e jogos de correr, subir, descer e escorregar.

Atividade livre na área externa do CMEI.
Perm.
Período da manhã
*            Cantos de atividades diversificadas
(atividade permanente)
Saída:
Massinha
Leitura
Desenho livre
Blocos de madeira
Saída:
Desenho livre
Carrinhos
Lego
Saída:
TV
Desenho livre
Memória
Perm.
Saída:
Leitura
Slão de Beleza
Casinha
Desenho livre

PLANEJAMENTO SEMANAL

SEMANA DE 21/03 a 25/03



ORGANIZAÇÃO DO DIA
*            Chamada, rotina





Perm.

*            Roda de Conversa
(atividade permanente)
Registro Quinzenal

Disparador: objetos para reconhecimento dos sentidos
Disparador: dado, que será usado no jogo. Reconhecer o objeto e a sua função.
Disparador: Boneca Monica. Observar o que as crianças conhecem dos gibis.
Perm.
Disparador: foto de uma cobra.Observar o que as crianças já sabem sobre este animal.
*            Leitura: Fruição
Leitura pelo Educador
(atividade permanente)

Cadê meu travesseiro? – Ana Maria Machado.
Para quê serve uma barriga tão grande?
Contação:
O Sanduíche da Maricota
Perm.
Ninguém gosta de mim? – Ruth Rocha
*            Atividades relacionadas às áreas de formação humana
- Identidade
- Linguagens Artísticas – Artes Visuais, Teatro, Dança, Música
- Linguagem Oral, Escrita e Leitura
- Relações Sociais e Naturais
- Pensamento Lógico-Matemático
(seqüências didáticas)
OBS: O detalhamento destas atividades será feito no planejamento diário.
Confecção de um cartaz sobre os cinco sentidos.
(Roda de conversa: lixa de unha, creme cosmético – perfume – limão, chocalho e foto).
Confeccionar, com as crianças, dados para os jogos da sala.
Gênero textual GIBI. Apresentar o gênero, explicar os balões de fala.
Recorte e colagem (de diferentes balões) no caderno.
Perm.
Recortar figuras de cobras de várias cores e tamanhos, colar no caderno. Pedir que as famílias contem uma história de cobra para as crianças para que estas registrem em seu caderno.

*            Movimento
(atividade permanente)

Brincadeira cantada: Pedala pedalinho.
Jogo twister.(no pátio)

Pátio livre.
Perm.
Período da manhã
*            Cantos de atividades diversificadas
(atividade permanente)
Saída:
Jogo da memória
Peças de encaixe
Leitura
cozinha
Saída:
Quebra-cabeças
Carrinhos
Leitura
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Saída:
Massinha
Leitura
Pelúcias
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Perm.
Saída:
Pelúcias
Leitura
Memória
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