sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!!!

Para desejar à vocês um novo e incrível ano, escolhi este poema de Carlos Drummond de Andrade. Obrigada pela parceria neste ano e, em breve estaremos de volta com muitas novidades!!!




Receita de Ano Novo (Carlos Drummond de Andrade)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Férias - tempo de DIVERSÃO EM FAMÍLIA

Mais uma vez o site Educar para Crescer saiu na frente, dessa vez com a criação de um calendário de atividades direcionadas para pais e filhos em tempo de férias. O calendário está disponível no site (http://educarparacrescer.abril.com.br/ferias/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=ferias2) em forma de jogo de percurso e, ao clicar no dia você tem acesso a descrição detalhada da brincadeira proposta para aquele dia.



Fica a dica para suas férias em família, principalmente para os dias em que ficamos em casa sem ter o que fazer. Tenho certeza de que você e seus filhos vão curtir muito esses momento de interação.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Encerramento

http://www.youtube.com/watch?v=8OF4njfXowQ&feature=share

Alecrim Dourado

http://www.youtube.com/watch?v=W85SBqrTDZA

Alfabetização e Letramento

LETRAMENTO X ALFABETIZAÇÂO: O PAPEL DO EDUCADOR


 Denomina-se letramento o processo de aprendizado da lingüística, através da convivência com materiais escritos diversos e de práticas de leitura e escrita.
 Sabe-se que o ambiente em que o indivíduo está inserido pode ser um grande facilitador para o processo de letramento. Isso acontece quando no meio em que se vive é praticado leituras diversas, conversas sobre as leituras realizadas, enfim, é dado o exemplo de um modelo cultural letrado. Além disso, o estímulo a essas práticas é de suma importância para o processo de aprendizagem.

 Entretanto, com essas definições de letramento, surge a questão: qual a sua diferença em relação à alfabetização?
 Alfabetização é o processo de aquisição de habilidades para a leitura e a escrita, enquanto o letramento usa essa habilidade para alcançar diferentes objetivos. (COLELLO, 2006). Portanto, o letramento permite uma relação diferenciada do indivíduo com a sociedade, permitindo-lhe uma conexão mais profunda com seu próprio contexto sócio-cultural.
Tfouni (1995, p. 20) apud Colello (2006) alerta para a diferença no nível social da alfabetização e do letramento:

“Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de uma sociedade”.


Vale ressaltar as idéias de Colello (2006) que afirma que a alfabetização e o letramento são processos paralelos, todavia se complementam, pois o ato de alfabetizar deve incluir o letramento na sua dinâmica.
 Entender a diferença entre letramento e alfabetização permite que o educador compreenda a necessidade de desenvolver o olhar e a escuta para o processo de aprendizagem e as percepções do educando (GARCEZ, 2005).
 Outra consideração que se deve fazer é referente às idéias de Bunzen (2006) quanto à qualidade dos livros didáticos e o uso que os professores de língua fazem desses recursos. O professor deve oportunizar, através da utilização racional dos recursos didáticos que aluno desenvolva sua própria aprendizagem e conhecimento. A respeito da qualidade dos livros infantis, Mattos (2003) apresenta em seu trabalho um apanhado de publicações interessantes para o educando se integrar nesse mundo da escrita e da leitura.

 Através das considerações apresentadas, pode-se perceber que o termo letramento é muito abrangente e não pode ter uma definição simplista. Não existe nível zero de letramento e ele não é fixado pelo grau de alfabetização, por isso, mesmo um analfabeto pode apresentar níveis significativos de letramento, enquanto alguém alfabetizado pode ter dificuldades em exercer o letramento. O fato de ser um cidadão letrado facilita a relação com o meio em que se vive e em vista da importância de se desenvolver o letramento, o educador deve dar subsídios para que esse processo ocorra durante o processo de alfabetização do aluno.

REFERÊNCIAS
BUNZEN, Clecio. Um estudo sobre a recepção do gênero livro didático de língua portuguesa: implicações para a formação do professor. [2006]. Disponível em: <www.letramento.iel.unicamp.br/pesquisas/pesquisa_iel/livro_didatico_clecio_bunzen. htm> Acesso em: 16 jun. 2006.

MATTOS, Margareth Silva. Letramento e Leitura da Literatura. [2003]. Disponível em: < www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/lll/tetxt5.htm> Acesso em: 16 jun. 2006.

GARCEZ, Sabrina. Como ler e escrever antes da primeira série do Ensino Fundamental. Revista do professor. Porto Alegre, v.21, n.82, p. 5-7, abr./jun. 2005.

COLELLO, Silvia M. Gasparian. Alfabetização e Letramento: Repensando o Ensino da Língua Escrita. [2006]. Disponível em: <http://www.hottopos.com/videtur29/silvia.htm> Acesso em: 16 jun. 2006.

PEIXOTO, Cyntia Santuchi, SILVA, Eliane Bisi da, SILVA, Ivan Batista da et. al. Letramento: Você pratica? [2006]. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno09-06.htm> Acesso em: 16


Portfólio 2011 - parte II

http://www.slideshare.net/karinwillms/portflio-manh

Portfólio 2011

http://www.slideshare.net/karinwillms/portflio-2011-10572555

sábado, 10 de dezembro de 2011

A Menina e os Fósforos

Um conto de Natal de H. C. Andersen
http://rafaelssalvador.wordpress.com/2009/02/08/a-menina-dos-fosforos/

Era véspera de Ano Bom. Fazia um frio intenso; já estava escurecendo e caía neve. Mas a despeito de todo o frio, e da neve, e da noite, que caía rapidamente, uma criança, uma menina, descalça e de cabeça descoberta, vagava pelas ruas. É certo que estava calçada quando saiu de casa; mas as chinelas eram muito grandes, pois que a mãe as usara, e escaparam-lhe dos pezinhos gelados, quando atravessava correndo uma rua, para fugir de dois carros que vinham a toda a brida. Não pôde achar um dos chinelos e o outro apanhou-o um rapazinho, que saiu correndo e declarando que aquilo ia servir de berço aos seus filhos, quando os tivesse. Continuou, pois, a menina a andar, agora ocm os pés nus e gelados. Levava no avental velhinho uma porção de pacotes de fósforos e tinha na mão uma caixinha: não conseguira vender uma só em todo o dia, e ninguém lhe dera esmola - nem um só vintém.
Assim, morta de fome e frio, ia se arrastando penosamente, vencida pelo cansaço e o desânimo - a estátua viva da miséria.
Os flocos de neve caíam pesados, sobre os lindos cachos louros que lhe emolduravam graciosamente o rosto; mas a menina nem dava por isso. Via, pelas janelas das casas, as luzes que brilhavam lá dentro; vagava na rua um cheiro bom de pato assado - era a véspera do Ano Bom - isso sim, não o esquecia ela.
Achou um canto, formado pela saliência de uma casa, e acocorou-se ali, com os pés encolhidos para abrigá-los ao calor do corpo; mas cada vez sentia mais frio. Não se animava a voltar para casa, porque não tinha vendido uma única caixinha de fósforos, e não ganhara um vintém; era certo que levaria algumas lambadas. Além disso, lá fazia tanto frio como na rua, pois só havia o abrigo do telhado, e por ele entrava uivando o vento, apesar dos trapos e das palhas que lhe tinham vedado as enormes frestas.
Tinha as maozinhas tão geladas... estavam duras de frio. Quem sabe se acendendo um daqueles fósforos pequeninos, sentiria algum calor? Se se animasse a tirar um ao menos da caixinha, e riscá-lo na parece para acendê-lo... Ritch!... Como estalou, e faiscou, antes de pegar fogo!
Deu uma chama quente, bem clara, e parecia mesmo uma vela, quando ela o abrigou com a mão. E era uma vela esquisita, aquela! Pareceu-lhe logo que estava sentada diante de uma grande estufa, de pés e maçanetas de bronze polido. Ardia nela um fogo magnífico, que espalhava suave calor. E a meninazinha ia estendendo os pés enregelados para aquecê-los e... crac! Apagou-se o clarão! Sumiu-se a estufa, tão quentinha, e ali ficou ela, no seu canto gelado, com um fósforo apagado na mão. Só via agora a parede escura e fria.
Riscou outro. Onde batia a sua luz, a parede tornava-se transparente como a gaze, e ela via tudo lá dentro da sala. Estava posta a mesa, e sobre a toalha alvíssima via-se, fumegando entre toda aquela porcelana tão fina, um belo pato assado, recheado de maçãs e ameixas. Mas o melhor de tudo foi que o pato saltou do prato e, com a faca ainda cravada nas costas, foi indo pelo soalho direto à menina que estava com tanta fome, e...
Mas - que foi aquilo? No mesmo instante acabou-se o fósforo, e ela tornou a ver somente a parede nua e fria, na noite escura. Riscou outro fósforo, e àquela luz resplandecente, viu-se sentada debaixo de uma linda árvore de Natal. Oh! Era muito maior, e mais ricamente decorada do que aquela que vira, naquele Natal, ao espiar pela porta de vidro da casa do negociante rico. Entre os galhos brilhavam milhares de velinhas; e estampas coloridas, como as que via nas vitrinas das lojas, olhavam para ela. A criança estendeu os braços, diante de tantos esplendores, e então, então... apagou-se o fósforo. Todas as luzinhas de natal foram subindo, subindo, mais alto, cada vez mais alto, e de repente ela viu que eram estrelas, que cintilavam no céu. Mas uma caiu lá de cima, deixando uma esteira de poeira luminosa no caminho.
- Morreu alguém - disse a criança.
Porque sua avó, a única pessoa que a amara no mundo, e que estava morta, lhe dizia sempre que quando uma estrela desce, é que uma alma subiu para o céu.
Agora ela acedeu outro fósforo; e desta vez foi a avó que lhe apareceu, a sua boa vovó, sorridente e luminosa, no esplendor da luz.
- Vovó! - gritou a pobre menina - Leva-me contigo... Já sei que quando o fósforo se apagar, tu vais desaparecer, como se sumiram a estufa quente, e o rico pato assado, e a linda árvore de Natal!
E a coitadinha pôs-se a riscar na parede todos os fósforos da caixa, para que a avó não se desvanecesse. E eles ardiam com tamanho brilho, que parecia dia, e nunca ela vira a vovó tão alta, nem tão bela! E ela tomou a neta nos braços, e voaram ambas, em um halo de luz e de alegria, mais altoo, e mais alto, e mais longe... longe da terra, para um lugar lá em cima onde não há mais frio, nem fome, nem sede, nem dor, nem medo, porque elas estavam agora com Deus.
http://deliriosdocisne.blogspot.com/2011/05/menina-dos-fosforos-hans-christian.html

A luz fria da madrugada achou a menina sentada no canto, entre as casas, com as faces coradas e um sorriso de beatitude. Morta. Morta de frio, na última noite do ano velho.
A luz do Ano Bom iluminou o pequenino corpo, ainda sentado no canto, com a mão cheia de fósforos queimados.
- Sem dúvida ela quis aquecer-se - diziam.
Mas... ninguém soube das lindas visões, que visões maravilhosas lhe povoaram os últimos momentos, nem em que halo tinha entrado com a avó nas glórias do Ano Novo.

http://humanlife-crescercomdireitos.blogspot.com/2011/05/menina-dos-fosforos.html

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Compartilhando coisas boas

http://papodehomem.com.br/hoje-e-dia-dos-avos-aproveite-a-data/
Não é de hoje que as famílias possuem relacionamentos conturbados. Mas, é possível notar que, com a "correria" que a vida contemporânea impõem às pessoas, esses relacionamentos estão se tornando cada vez mais raros. Quando eu era criança, sempre que alguém falava em avó imaginávamos uma senhora de cabelos brancos e que passava o dia todo em casa, cozinhando, bordando, cuidando do jardim. Mas, hoje encontramos avós modernas, que trabalham fora, tem seus cabelos coloridos e muito ativas.

Mas, não nos deixemos enganar pela aparência dessas "novas vovós". O amor e carinho que nossas avós demonstravam quando íamos visitá-las, nos fins de semana, continua o mesmo, só não mais tanto tempo disponível.
http://lusofolia.blogspot.com/2007/10/av-e-o-neto.html
Um dia desses, eu estava navegando pela internet (fuçando em um monte de sites) e, encontrei um site da Natura, dedicado inteiramente ao relacionamento entre avós e netos. Nele é possível construir uma árvores genealógica e, até mesmo escrever uma carta para seus avós, a carta (depois de passar por moderação) é impressa e enviada pelos correios ao endereço de seus avós. Vale a pena conferir.